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De CARLOS MATOS GOMES (*):
«Os militares perderam o fundo de pensões. Era apenas um reconhecimento, porque o reconhecimento dos seus concidadãos e dos que os representam, é (ou era) o seu único fundo. Se, para os seus concidadãos e para os políticos, os militares são apenas funcionários a termo e em mobilidade especial, porque teriam um fundo de pensões para a velhice? Um soldado velho, é apenas um velho com memórias estranhas. É como um cão velho, que os novos donos hesitam em esperar que morra ou matá-lo. Além do fundo de pensões devia-lhes ser retirado o direito a dizerem quem são, o que viveram. Deviam ser obrigados a usar um cartaz ao pescoço: «Despesa que não morreu!»
(*) Coronel de Cavalaria Comando, reformado, escritor e ensaísta com vasta obra publicada. Em muitas das suas obras utiliza o pseudónimo de Carlos Vale Ferraz.